segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013

Bem sei que as mensagens de ano novo começam a ser repetitivas mas não quero deixar fechar um ciclo, aliás,  iniciar um ciclo (quero começar a ver as coisas do lado do copo meio cheio), sem fazer um balanço para ir bem embalada para 2013.
Foi um 2012 repleto de coisas boas :) E 2013 virá ainda com melhores notícias, melhores momentos, melhores companhias, melhores descobertas, melhores vivências, melhores realizações, melhores surpresas, melhores histórias, melhores desabafos, melhores saídas, melhores conversas, melhores miminhos.
A todos, desejo que sejam felizes! E eu também.
Com mais ou menos dinheiro no bolso, isto é mesmo o que menos importa por isso que tenhamos tudo o resto!

Estejam atentos aos patchás desta vida e despertem patchás por esse mundo fora : )
(em 2013 falo-vos da teoria do patchá)

Sejam felizes!





Antes que me esqueça...

... da importância das expressões, aqui fica uma: "vou lá para pôr gasolina". Disse a senhora O. enquanto preparava o almoço com requinte na salinha das refeições, com a trupe das marmitas a seguir-lhe os passos.
"Sim, é assim que me sinto quando lá vou", reforçou. Convicta.
E eu olhei-a atentamente e pensei, "Bolas, é mesmo isto. Não há melhor expressão para dizer ao que me sabem as idas à minha terra do nunca, ao meu país das maravilhas: Aldeia Velha".
Vou lá pôr gasolina e volto. E o preço da ida nem tem conta nem medida. Venho de lá abastecida, firme e recomposta. Sem pensar no aumento, na diminuição, na estagnação ou na indecisão e na concorrência desleal.
Haverá melhor posto de combustível que este? Não.
E já agora... Estou "a precisar de gota".





sábado, 29 de dezembro de 2012

Deve ser por isso.

Às vezes tenho saudades vossas. Às vezes penso em vocês e, a seguir, volto a esquecer-me para não me lembrar de novo. Às vezes penso que estão à distância de uns distritos, de umas curvas na estrada, numa viagem de 5horas. E depois volto a lembrar-me e a querer esquecer-me. Às vezes, julgo que estão à distância de um telefonema, de um "olá amiga, o teu avô está aqui ao meu lado com as tonterias de sempre" e depois percebo que, afinal, as tonterias só em mim existem. E naqueles que as conheceram e na casa onde vão estar para sempre.
E depois, volto a querer esquecer-me. Porque sei que não estão à distância de uma viagem, de um telefonema ou de uma época de férias para vos abraçar. E dos abraços... Dos abraços tenho eu falta. Todos os dias. Tenho falta quando me sinto pequena e quando me sinto grande. Quando sinto que estou sozinha e quando sinto que estou rodeada de gente que me quer bem. Porque eu quero-vos tão bem, como me diziam tantas vezes... E depois, depois esqueço-me e olho só de esguelha para o chapéu do avô na minha estante. E olho para os teus óculos na minha direcção. E sinto que todos os bocadinhos me são próximos, estão comigo onde quer que esteja. E deve ser por isso que às vezes me esqueço...

E deve ser por isso que me custa escrever-vos.
Deve ser por isso que ainda não vos disse tudo o que vos disse quando vos tinha comigo.

E, assim, fico guardada nos vossos braços. Como sempre me guardaram. E deve ser por isso, deve mesmo ser por isso...


sábado, 15 de dezembro de 2012

Fim-de-semana Caseiro

Entre folhas e mais folhas e mais umas quantas confusões na minha cabeça, uma manta nas pernocas e um encosto na cama, assim está previsto passar-se o fim-de-semana.
A verdade é que esta coisa de ficar em casa, mesmo que com mil coisas para fazer, me deixa um bocadinho low profile.
Mas havendo músicas de Natal e um friozinho que convida ao aconchego para dentro, cá me vou mentalizando. E parecendo que não, se me abstrair do resto até faço umas coisas produtivas, um crumble de maçã já cá canta seguem-se os afazeres do trabalho e a preparação para o aniversário dos 23 (:

Frio e sossego preciso eu mas só os de Aldeia Velha.




sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Natal e tudo e tudo !

Bem sei que o combinado era vir um post requintado directamente de Londres...
Mas não aguento deixar para depois todas as coisinhas boas do natal.
Londres virá, com mais tempo que há muita fotografia para organizar e muito pormenor a acertar.

Aqui fica um cheirinho do jantar de ontem, a primeira troca de prendas deste ano.

Adoro estas fugas à rotina, adoro o natal, adoro momentos de meninas, adoro jantares de sushi com histórias e mais histórias à mistura, adoro receber a R. depois de tanto samba no brasil e adoro o crumble de maçã da M.
Um cheirinho de ontem. A Natal, pois claro!


By: CM.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O que eu gosto de pormenores, London parte I

Sim, já chegámos.
E sim, não consegui publicar mais posts com novidades directamente de Londres. Confesso que o cansaço era muito e a vontade de vir à net não era tanta (percebe-se não é? : )).
Vim de lá de olho cheio, completamente apaixonada pela cidade, pelas pessoas, pelos sítios, pelos cheiros e pelas cores (também as cinza).

Deixo-vos apenas com um cheirinho, um teaser para o próximo post que chega com as novidades todas de Londres.

Começo com os pormenores. E o que eu gosto de pormenores!

Enjoy it!



1. Lovely girl at Natural History Museum
 
 
                                           2. Place for two

3. Nhami at Natural Histoty Museum
 
4. From London, with love <3 strong="strong">
 
                                  5. Girls just wanna have fun  at Portobello market


                                         6. Art at Portobello Market

                                         7. Nhami at Portobello Market

8. Smells & Colors

9. Merry Christmas


10. Girl Stuff

sábado, 24 de novembro de 2012

London #1

Finalmente, Londres.
Chegámos.
São 01h21 e tenho um tempinho para vir fazer o primeiro relato. A viagem correu lindamente, chegámos antes do tempo previsto. Ainda no aeroporto, ouvimos uns senhores: "São Portugueses, estes" e, claro,  respondemos nós: "somos sim senhor!". Pelo caminho até às bagagens, lá nos iam dizendo "Olhem que isto aqui não presta, não vale nada..." , "Deixe lá que nós só vimos de fim-de-semana, não vai custar nada..." dizia-lhe eu. Escusado será dizer o que aconteceu a seguir.... Os portugueses são mesmo assim, ajudam-se em qualquer parte do mundo. E aqui está mais uma prova, perguntaram se tínhamos alguém para nos ir buscar, dissemos que não e lá foram connosco buscar as malas e seguir viagem de metro com os manos, pelo meio só houve uma paragem para fumar um cigarro (achei justo deixar que fumassem pela ajuda que nos estavam a prestar ahah).
O mais engraçado é que eram uns tipos super super divertidos... Um estava há 40 anos em Londres o outro há 7/8 meses. O tipo com ar de Alemão era da Madeira, com um sotaque super vincado e conhecia a zona onde estudei no secundário, o outro acho que me escapou a origem mas tinha o ar de português já habituado às "rotinas de Londres", de cachecol e sapatinho chique como manda a regra.
Foi uma viagem tão divertida, com avisos e recomendações da "city" como eles diziam.
E a saudade e vontade de voltar para Portugal era impossível de esconder. Quem é de Portugal é de Portugal e só Portugal lhe pertence, por completo.

Encontrámos pessoas super simpáticas à chegada e ao longo do percurso, um tipo que tratava dos passes (espero que não tenha comprado o errado, já agora) super brincalhão connosco, outro que nos viu assustados a olhar para as linhas foi logo ajudar-nos, outros foram indicando o caminho para chegar ao hotel sempre com a maior simpatia e esforço em ser precisos e claros.

Quanto ao hotel... Bem, o quarto é excelente, estamos num estúdio que é basicamente uma mini casa com todas as condições necessárias para passarmos uns bons dias.
Claro que nem tudo é tão perfeito como nas fotos mas pronto, estamos super satisfeitos com o quarto.
Quanto à zona... Pois, a zona não é muito famosa, percebemos assim que chegámos. Super sombria... Mas vamos andar com cuidado e tentar controlar as horas de chegada.

E estamos super super cansados... Vamos recarregar baterias para amanhã!
Temos uma cidade à nossa espera!


P.s: À nossa espera estava também uma grande fila de livros, mesmo encostadinhos à cama. Que belo aconchego!

: )

Kiss Kiss*



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

See you later @ London time

Next stop: London (:

Aqui vamos nós, os manos Póvoas numa mega aventura em Londres.
Espero conseguir trazer novidades para o JustBecause enquanto por lá andar. Se não conseguir, quando chegar faço o relato.

Ansiosa!

Até lá...!


Kiss Kiss*

Ps.: Houve alguém que tentou MESMO ir connosco. Não conseguiu, deixou o rabo de fora.





quarta-feira, 21 de novembro de 2012

We Love Food

Hoje, apresento-vos um projecto do qual faço parte, com muito orgulho: We Love Food.
Tem sido um enorme prazer trabalhar com uma equipa bastante profissional e empreendedora para fazer crescer, dia após dia, este bebé.
Para além do blogue e da página do Facebook, hoje foi dado um novo passo: nasceu a rubrica "To eat, to love", no canal do youtube do We Love Food.
Para quem gosta de cozinhar, para os que sabem ou para os que não sabem e querem aprender, para quem gosta de comer, para quem gosta de convívios à mesa... Está tudo convidado a entrar no nosso pequeno GRANDE mundo. Sintam-se à vontade para partilhar connosco as vossas aventuras pelo mundo colorido dos alimentos e das refeições : )


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Alice.

Há casos que, tenho cá para mim, se repetem ao longo das décadas... E tenho cá para mim que o melhor amigo do homem (e não do Homem) não é o cão.  É a lista telefónica. Surpresos? Isto tem uma explicação e não, não se relaciona com engates. Ou talvez  até sim, já que a usam quando estão "engatados" na originalidade.

Na habitual hora do almoço na "salinha das marmitas", veio à baila a conversa que já toda a gente teve: que nome dar aos rebentos. Quem os não tem, como eu, lançou palpites e desejos para o ar, quem há muito tempo saiu da maternidada com mais um elemento, contou como foi o difícil processo de escolha.
Ora, para a senhora com mais vida da salinha das marmitas (confesso que me tornei uma fã à grande desta senhora, fala, comenta, goza e, sobretudo, não se cala: igualzinha a mim), o processo foi simples. Bom, pelo menos tudo levava a crer que sim.
Depois de uns quantos Bernardos, Joões, Marias, Filipas, lançados ao ar a "Vida da salinha das marmitas" (vamos chamar-lhe assim) começou a contar a sua história:
- Eu sempre tive os nomes das minhas filhas definidos. Desde pequena que quis que as minhas filhas se chamassem, Ana e Susana.
E assim foi. A primeira nasceu, ficou Ana. Quanto à segunda....
- E o marido, não teve voto na matéria?
- O marido lá disse: "Então mas escolheste o da primeira e agora o da segunda? E só se vai chamar Susana? Sem segundo nome?"
- Para mim está decidido. É Susana.
- E ficou Susana? , perguntámos curiosas e orgulhosas pela determinação da Vida da salinha das marmitas.
- Pois, isso queria eu. Naquela altura, não se podia sair da maternidade sem fazer o registo do nome da criança... O meu marido, muito pronto, foi tratar do assunto. Chegou à sala, com cara de grande feito conseguido, e disse-me: "Já registei a menina!". Perguntei-lhe assustada: "Como assim já registaste a menina? Que nome lhe deste?!", e eis a resposta: "Dália Susana".
Nesta altura, a sala das marmitas encheu-se de um misto de risos e de solidariedade feminina. Dália Susana?!?
- Sim, Dália Susana. Nem queria acreditar... Mas tive que me mentalizar. Já estava. Melhor foi a jsutificação que me deu quando lhe perguntei como se tinha lembrado do nome Dália: "Ora, não tinha ideia nenhuma. Fui à lista telefónica procurar e escolhi o que mais gostei: Dália. Dália Susana".
 
 
É por estas e por outras que a mim ninguém me engana. Lá irá chegar a altura da minha Alice nascer e aí, meus amores, não há cá listas telefónicas que vos valham. Seja ele quem for, está decidido. Alice. Sem país das maravilhas. Só Alice. Das maravilhas tratamos depois do registo do nome, feito em segurança.
 
 
 
 



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

É isto.


"Este país preocupa-me, este país dói-me. E aflige-me a apatia, aflige-me a indiferença, aflige-me o egoísmo em que esta sociedade vive. De vez em quando, como somos um povo de fogos de palha, ardemos muito, mas queimamos depressa."

José Saramago


 




sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Entrevista Colorida - Se é para correr... The Color Run!

Cor, alegria, convívio e originalidade. Assim podemos definir o que aí vem: The Color Run.
Uma corrida animada onde a cor será o equipamento de todos os participantes.
Nos EUA a ideia tem cerca de 1,5 ano, em 2012 a iniciativa chega à Europa e Portugal é o primeiro país a recebê-la. Digam lá que não é motivo de orgulho em tempos tão cinzentos como estes, hein?

Quanto a regras ou requisitos... Só os mais coloridos. Ora prestem atenção:

- 5km de sorrisos;
- T-shirt branca  para ser colorida ao longo do percurso;
- Cada quilómetro está relacionado com uma cor que é pulverizada pela organização da prova, inluindo voluntários;
- Cada quilómetro atingido é sinónimo de pulverização, portanto, "mais cor vestida" (: ;
- Não há cronómetro nem tempos...
- A festa continua depois da corrida!

Entusiasmados?
Eu também!
Por isso, conversei com a organização para vos trazer mais pormenores e vos deixar ainda com mais vontade de participar .

Ora vejam:

JB (JustBecause) - Como nasceu a iniciativa “The Color Run Portugal”?
Jorge Azevedo (JA , promotor The Color Run Portugal IBERIA) - Nasceu de uma necessidade de diferenciar e renovar  o modelo existente das corridas.
Mais importante que os tempos ou cronómetros, queremos que as pessoas cheguem à meta com um sorriso ...e cheias de COR na cara!

JB - Há quanto tempo a “The Color Run” dá cor à rotina dos cidadãos?
JA - Nos EUA a ideia tem cerca de 1,5 ano. Em Portugal vamos arrancar.

Em que cidades já houve esta iniciativa?
JA - Nos EUA esgotam em cerca de 60 cidades.
Em Portugal ainda nao houve nenhuma...mas vai haver em muitas! E vamos ser os primeiros da Europa a ter este conceito.

O que é que os “atletas” portugueses podem esperar desta corrida, em que consiste?
JA - Muita cor, muita alegria, muitos sorrisos e divertimento.
Mais do que uma corrida vai ser um grande dia de verdadeiro divertimento.


É uma corrida que vem em boa hora, já que o ambiente por cá anda meio cinzento?
JA - Exacto, queremos alegrar um pouco as coisas e dar cor a Portugal!

Onde se podem inscrever os interessados?
JA - As inscrições ainda nao abriram...mas vai ser possível no site: www.thecolorrun.pt.

Quais as datas e em que cidades portuguesas se irá exaltar a prática do “desporto colorido”?
JA - As datas ainda estão no forno a COLORIR e as cidades serão as principais cidades do País
Vamos colorir Portugal de norte a sul!

Assim que houver mais novidades, o JustBecause volta à carga com informação colorida.
Por agora, ficam algumas imagens e vídeos para vos dar uma noção do que nos espera ahahah



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cruzadas

Estão, nesta altura, a ler descansadamente uma revista no metro enquanto voltam para casa depois de um dia de trabalho, de perna cruzada?
Desengane-se quem julga estar longe de criar uma bela discussão pública. Ou descruze-se.
Pois que ontem ia, em paz, para casa de metro e eis que um senhor de seus 80's se senta à minha frente com um ar intrigado e a soltar umas imperceptíveis larachas para o lado. 
Olhei para ele, por cima da revista, tentando perceber se o estava a incomodar com alguns dos meus mil acompanhantes (mochila, lancheira, chapéu de chuva, bla bla). Não. Estava sossegadinha no meu canto e continuei a ler. As larachas continuaram e eis que o respeitoso senhor da boina me começa a dar um sermão ENORME à frente de todos os passageiros. Não, não era sobre o estado do País. Não, não era sobre o estado do tempo. Sim, era sobre o estado das minhas pernas. 
- "Cruzadas, menina? Sabe o mal que isso lhe faz, sabe? Sabe que o sangue não circula?"
(Neste momento, a única coisa que me circulava pela cabeça era: "Ok, isto está a acontecer. Estou a adorar que este caricato idoso se preocupe com a minha saúde mas tenho tudo a olhar para mim com ar de acusação. Vou tentar disfarçar a coisa".)
- Pois, sabe... Dá-me mais jeito estar assim. De facto, bem não deve fazer... Mas senhoras e senhores cruzam as pernocas, por hábito já. Não se preocupe que é pouco tempo e não fará tanto mal assim.
- "Não me preocupo? Pois não. Esta juventude não sabe nada! Ando eu a ver professores de matemática a não saber fazer contas e professores de português a dar erros e admiro-me que a menina não saiba que não pode estar de pernas cruzadas?!"

Toda a história, envolta numa fúria saudável, "incomodou-me agradavelmente". 
Achei-lhe piada, apesar de estar a ter uma discussão pública sobre o estado das minhas pernas às 19h e tal.

Acabei o dia a aprender lições...a metro.
Adoro histórias, destas que fazem bem à circulação (:





segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Jogou-se em Londres

Há alturas em que o tempo esgota e o blogue, infelizmente, passa para segundo plano por mais temas interessantes que tenhamos para dar à lingua, aliás, à tecla.
Há outras alturas em que temos muito tempo mas as teclas ficam perras ou a imaginação anda descontrolada.
Há outras ainda em que mesmo não havendo tempo, ou havendo teclas perras, há um motivo de força maior que não aguenta mais e tem que vir ao de cima, como a verdade.
Hoje há um tema desses que não pode esperar muito mais tempo sob pena de haver muito mais para contar e o post ser o dobro deste.
Há uns meses uma amiga minha veio ter comigo e disse-me: "Não tenho certezas mas acho que vou para Londres uns meses enquanto chega a altura do Doutoramento".
Ora, qual a minha resposta pronta? "Joga-te logo em Londres, garota!"

Daí a entrar no avião, foi uma questão de semanas.

A aventura da J. começou há meio mês. 
E há mais ou menos dois meses, desde que me começou com a conversa de Londres, que o meu orgulho por ela cresceu ainda mais. 
Esta amiga é daquelas que sabe o que quer, que tem resposta pronta e não se atrasa nos passos em frente.
E este é só mais um exemplo dos muitos que já conto. PodIa estar em Portugal, segura na casa dos papás, com sopas e descanso, comigo a chatear-lhe a cabeça, à procura de um trabalho (um desses que dá para desenrascar a malta por uns tempos), com o namorado e os amigos, com a vida descansada de quem acorda tarde e espera por respostas. Podia. Mas não é gente de "podia ser" esta que eu conheço.
Deixou tudo para trás e foi passar uns meses para Londres, à procura de um trabalho, de um quarto e de uma cidade de braços abertos para a receber.
Não foi isso que encontrou. A cidade sentou-se de braços cruzados à espera da J., à espera que esta fosse só mais uma turisa de passagem. Mas a J. trocou-lhe as voltas.
Um primeiro traballho que não resultou, umas quantas tentativas falhadas na procura de quarto, uns trocos gastos a mais, receios e hesitações por aqui e po ali mas o cenário moldou-se e a nossa pequena está agora a viver no seu quarto Keep Calm em Londres, com um emprego não tão Keep Calm mas que preenche os objectivos a que se propôs (recebe, come à borla e pratica/desenvolve o inglês).

A viagem de regresso podia estar para breve mas parece que Londres está agora a abraçar a persistência da J. 
Continue que ainda faltam uns meses para o Doutoramento começar. Até lá, a J. vai servir uns cafés com a alegria de quem bebe bicas por cá, vai passear como quem sai ao Domingo e falar Inglês com o british accent que se quer.


A aventura da J. tem sido acompanhada não só por mim mas por todos aqueles que visitam a página  without knowing the way. Acredito que para além de ser uma excelente oportunidade de conhecer uns prós e contras da cidade, será uma lufada de ar fresco para quem anda desmotivado e/ou com vontade de se "jogar" como a J. numa "brincadeira" (séria) destas. Visitem.

Imaginam o orgulho que é ter uma amiga que larga tudo, namorado, família, a comida portuguesa, Tomar e uma amiga maravilhosa como eu para ir para Londres passar uns meses sozinha?!
: )


Ela "jogou-se" em Londres. "Jogou-se" de tal forma que até eu me vou jogar daqui a umas semanas para lá como turista penetra.

Oh yeah.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"Sou dos revolucionários"

Hoje recebemos uma visita ilustre no Gabinete. Com os seus muitos e muitos anos (90's, creio) o professor Raimundo Vicente, da "equipa" dos mais velhos astrónomos Portugueses, chegou com o seu ar alegre apresentando-se como sendo o "professor das palavras feias": "Sou o professor das palavras feias, daquelas que niguém gosta de utilizar. Falo português. Digo bicha quando estou atrás de pesssoas para almoçar. Digo com licença e se faz favor. Digo senha e não password. Sou o professor que muitos não gostam... Dei 7 vezes a volta ao mundo. Vivi lá fora, vi o que se faz e como se vive lá fora. Não ando para trás, se tomei o pequeno almoço, almoço e jantar no japão, hei-de tomar as mesmas refeições no país da frente. Fui convidado para falar sobre a minha área em muitos países. Sabe qual foi o único em que não fui convidado? O meu. Se pudesse, amarrava os nossos políticos com uma corda, colocova uma pedra a acompanhar e atirava-os ao rio. Não gastava energia, já viu? O único problema é que nem para alimento das espécies serviriam de tão indegestos que são.... Tenho muitas histórias da carochinha para contar, muitas... Mas aqui, ninguém as quer ouvir". Ganhei o dia. Agradeci-lhe o facto de me ter embalado com as suas histórias da carochinha. Não sei se o voltarei a ver mas sei que o ouvi e que presenciei a sua sabedoria. Chega-me. Numa altura em que as "pessoas" (essas) do meu País me desiludem a cada dia que passa, encantam-me essas pessoas (estas!) de um País que já o soube ser: País.
"Sou dos revolucionários", dizia.
 
 



 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

#Bold 4 - Sr. Doutor


Confesso que não sou fã da Senhora Doutora Isabel Stilwell desde o episódio infeliz da crónica "Parva da Geração Parva". Mas, como não sou "parva" e sou desta geração, sei apreciar um bom texto quando nele há bom assunto. E este é o caso.
Somos um País de Doutores. Doutores disto e daquilo e é o que se vê.
Que andemos infelizes com a crise, os problemas lá de casa ou o que quer que seja mas se, por algum motivo, do outro lado do telefone ou no destinatário da carta seguir  a conjugação "Dr.", a auto-estima cresce uns pontos e a malta até sorri de esguelha. E se for presencialmente o assunto muda de figura, enchem-se os pulmões de ar e arrebita-se o peito.
Vivemos de mais de aparências, ou lá se vivemos... E enquanto uns e outros "se apelidam", o rumo é este.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Perigo da Hesitação Prolongada

"Toda a gente há-de ter notado o gosto que têm os gatos de parar e andar a passear entre os dois batentes de uma porta entreaberta. Quem há aí que não tenha dito a algum gato: «Vamos! Entras ou não entras?» Do mesmo modo, há homens que num incidente entreaberto diante deles, têm tendência para ficar indecisos entre duas resoluções, com o risco de serem esmagados, se o destino fecha repentinamente a aventura. Os prudentes em demasia, apesar de gatos ou porque são gatos, correm algumas vezes maior perigo do que os audaciosos".

Victor Hugo, in 'Os Miseráveis'


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Amor a Metro - "O Amor jamais passará"

Entre os que passam, os que ficam, os que trocam de paragem e os que mudam de estação. Entre os que correm soltos pela melancolia dos dias e os que caminham pelo êxtase do momento. Entre os que mudam de rumo, os que traçam caminhos e fazem caminhadas...

...Entre os que fazem greve, os que trocam as horas e mudam os dias. Entre os muitos e os poucos. Entre os rápidos e os vagarosos. Entre os mudos e as línguas soltas.

Haverá, sempre, um que fica.

Quem sabe,  o Amor a Metro...

E o amor... "O amor jamais passará".






Obrigada, querida Ana, pela inspiração ("O amor jamais passará").




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Paris vs New York



Há já algum tempo que conheço o fantástico trabalho de Vahram Muratyan. Uma visita ao blogue http://parisvsnyc.blogspot.pt/, por mero acaso, fez com que ficasse viciada nestas inteligentes e criativas comparações icónicas entre Paris e New York.

esclarece Vahram Muratyan, o criador:

"Un match visuel amical entre ces deux villes, c'est le regard d'un amoureux de Paris sur un New York rempli de détails, de clichés et de contradictions : suivez le guide.

A friendly visual match between two cities told by a lover of Paris wandering through NewYork.Details, clichés, contradictions : This way, please."

Não deixem de viajar nestas ilustrações com sotaque francês e estilo americano

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Modernices..!

Isto das férias altera rotinas. 
Não há desculpas. Voltei ao mundo real e ainda não consegui vir até aqui partilhar umas quantas coisas giras ... Ora, está para breve. 

Btw, lembram-me da moda dos mini-pigs de que vos falei em tempos? Pois bem, confirma-se! Eis uma amostra do que encontrei por Lisboa... O Manchas. Modernices!



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

JustBecause Entrevista - Lindy Hoppers! "O que estás a fazer? I'm doing the Lindy Hop!"


"Foi no dia seguinte ao primeiro voo transatlântico sem paragens, entre Nova Iorque e Paris, realizado pelo aviador Charles Lindbergh, carinhosamente conhecido pelos americanos como Lindy pelas suas façanhas aéreas, que um repórter terá ido ao Savoy fazer uma reportagem sobre esta dança. Na manhã desse dia os títulos dos jornais anunciavam a travessia. Um deles diria algo como "Lindy Hops the Atlantic". Quando este repórter perguntou a um dos dançarinos o que ele estava a fazer, nessa noite, este terá respondido: I'm doing the Lindy Hop"
Há poucos dias andava a passear pela blogosfera e eis que encontrei algo que me fez ficar bastante curiosa: o Lindy Hop e os Lindy Hoppers. Decidi que não devia guardar esta grande descoberta só para mim e aqui está uma amostra do que é este movimento. (Sim, uma amostra porque para sentir e perceber do que falamos só mesmo experimentando!)
E, afinal, do que falo?
Falo-vos de uma relíquia cultural nos tempos que correm! Swing, Groove, Convívio e Alegria. Poderíamos começar por apresentar o movimento "Lindy Hop" por aqui e acrescentar que quem faz parte do movimento, os "Lindy Hoppers", são verdadeiros bailarinos da boa disposição. 
Quebram rotinas com a música e a dança e convidam os citadinos a viajar com ritmo pelos anos 20/30/40 ou até pelos musicais que tantos trazem na memória.
Entrem com groove e swing nesta entrevista, ouçam as músicas, vejam o vídeo,  fiquem a conhecer o movimento e não deixem de experimentar!
Também há lugar para os do género "pés de chumbo" e se não houver par, a música encarrega-se de os encaixar, por isso, não se acanhem e dancem, dancem e divirtam-se!

Para mais informações consultem o Facebook e o blogue oficial do movimento.

Obrigada aos Lindy Hoppers e aos membros David Afonso e Paulo Rodrigues!


JustBecause: Para quem nunca ouviu falar, o que é o Lindy Hop e quem são os Lindy Hoppers?

Paulo Rodrigues (Lindy Hopper) (PR LH): O Lindy Hop é o que se dançava no Harlem desde o final dos anos 20 até aos anos 30, e depois se espalhou pela América até esta se juntar à II Guerra Mundial. Era um período caracterizado pela música swing, uma música sincopada, com influências do ragtime, e que tem um groove cheio de movimento, que nos faz logo bater o pé - e, para os mais irrequietos, os pés começam logo a dançar, mesmo sem se dar por isso!

A dança é social, dançada a par, com muitas influências do jazz (vintage, não da versão moderna), do sapateado, do Charleston (que teve um boom na América nos anos 20), e de outras danças da época.

Na altura dançava-se ao som de música ao vivo porque ainda havia poucas gravações e era comum no Savoy, um dos maiores salões de dança que ocupava um quarteirão inteiro do Harlem, estar mais que uma orquestra de swing (costumamos chamá-las de Big Bands) em rotação, para a música não parar. Mal uma terminava uma música começava logo a outra a tocar.

Os Lindy Hoppers são os dançarinos de Lindy Hop. Também foram conhecidos por Jitterbugs, Swing dancers, entre outras coisas.

O termo Lindy Hop tem uma curiosidade associada: foi no dia seguinte ao primeiro voo transatlântico sem paragens, entre Nova Iorque e Paris, realizado pelo aviador Charles Lindbergh, carinhosamente conhecido pelos americanos como Lindy pelas suas façanhas aéreas, que um repórter terá ido ao Savoy fazer uma reportagem sobre esta dança. Na manhã desse dia os títulos dos jornais anunciavam a travessia. Um deles diria algo como "Lindy Hops the Atlantic". Quando este repórter perguntou a um dos dançarinos o que ele estava a fazer, nessa noite, este terá respondido: I'm doing the Lindy Hop.
JB: O Lindy Hop remete para os ritmos dos anos 30. Como nasce/renasce o movimento em pleno séc. XXI em Portugal?

PR LH: A dança "morreu" com a Guerra. Depois desta a música mudou, passaram-se a usar bandas mais pequenas, disseminou-se também os discos, pelo que mudando a música a dança também terá evoluído para outras formas.
Nos anos 80 uns suecos descobriram a dança vendo filmes antigos e resolveram procurar os dançarinos originais, penso que do filme Hellzapoppins (mas posso estar engando).  Seja como for, voaram até aos EUA e encontraram Frankie Manning, que se tornara carteiro e não dançava há décadas. Convenceram-no a ensiná-los e, aos poucos, a dança foi sendo redescoberta.
Em Portugal a dança surgiu pela mão da Abeth Farag, uma californiana que a aprendeu quando era adolescente.  Ela estava a viver no Porto, ensinando inglês, e resolveu começar a ter aulas de sapateado. Ouvindo a música, e por ser música muito coincidente com a música do Lindy Hop, foi-se relembrando da dança e terá sentido saudades de a dançar. Então resolveu ensiná-la às colegas do sapateado, por brincadeira, que foram chamando amigos e mais amigas e aos poucos formou-se um grupo que queria aprender esta dança.
Em Lisboa não sei bem como aconteceu. A Abeth foi convencida por um grupo de rockabillies, que queriam aprender alguns passos, a vir uma vez por semana, aos domingos à tarde. Desse grupo original não resta ninguém nas aulas, mas ainda há alguns que vêm às festas e dançam, um misto de rock'n roll, jive, lindy hop.

JB: Para que os leitores possam ter noção mais próxima do que estamos a falar, que tipo de músicas (familiares ao público) se ouvem e dançam?Lindy Taster by Lindy Hoppers Lisboa on Grooveshark 

Glenn Miller, Duke Ellington, Louis Armstrong, Ella Fitzgerald são dos mais conhecidos, mas há muitos outros!

JB: Para quem quiser conhecer o movimento há aulas e também práticas, correcto? Como funcionam?

PR LH: Há aulas regulares, 1x por semana. Começarão lá para Setembro, mas ainda não há datas anunciadas.
As práticas são os próprios alunos que vão organizando, combinando horas e locais. Normalmente tentamos ir para o coreto do Jardim da Estrela, mas quando não conseguimos (por estar ocupado com outros eventos) tentamos ir para o Largo do Carmo, ou até outros locais.
São abertas a toda a gente, o que quer dizer que se alguém quiser ver como é ou experimentar alguns passos mais simples pode começar por ir a uma prática. Para aprender mais passos já precisará de ganhar alguma técnica, e aí o melhor é começar a ter aulas.
JB: Onde dançam e convidam a dançar?

PR LH: No coreto do Jardim da Estrela, ou no Largo do Carmo. As festas têm sido em vários locais: começaram pelo STEPS, mas já fomos ao Bacalhoeiro, ao Infusão (uma crêperie), à ZDB.  E em Junho tivemos o primeiro mini-festival de Lindy Hop em Lisboa - já aconteceram outros no Porto, onde há mais praticantes , com festas no Teatro do Bairro, Teatro Cornucópia e na ZDB.
JB: Lisboa gosta de dar um pezinho de dança? Os Lisboetas mostram-se interessados e curiosos quanto à Iniciativa?

PR LH: Muito! Há sempre alguém que pára para nos ver, às vezes até aplaudir - nós até nos rimos às vezes porque não é nossa intenção criar um espectáculo, mas apenas dançar socialmente, e alguns dos curiosos já têm entrado nas aulas e pertencem agora à comunidade.
JB: E é preciso levar par ou a música encarrega-se de encaixar os pares?

PR LH: Os pares não são obrigatórios, mas é normal haver mais interesse delas do que deles, pelo que se elas trouxerem par - para as aulas - é mais provável que consigam vaga na turma. Para eles costuma ser mais fácil.  A dança, como outras danças sociais, não se aprende com um par fixo. Nas aulas vai-se rodando de par, para todos aprenderem a se adaptar ao outro, porque cada um dança de uma forma ligeiramente diferente e é importante estarmos com atenção ao par.  E porque, quando a atenção ao outro está mais interiorizada e os passos já são naturais, deixa de haver uma grande definição de leader (papel reservado ao homem) e follower (mulher), passando ambos a poder sugerir o que fazer a seguir, em plena dança.
JB: Com o ritmo acelerado que se vive na cidade, consideram que esta é uma boa opção para “quebrar a rotina”, conviver e recuperar energias?

PR LH: Certamente. Permite queimar imensas calorias - há aulas que parecem sessões de ginásio intensivo! - e divertir-se imenso. No final estamos todos exaustos mas com um enorme sorriso. E é isso que nos faz voltar.
JB: Até agora, quantos já dançaram ao ritmo dos Lindy Hoopers?

PR LH: Penso que para cima de 100 no Porto, talvez 50 em Lisboa.
JB: Há já actividades agendadas para os próximos tempos? Onde e quando?

PR LH: Em Lisboa só temos feito práticas no Verão. Talvez se faça uma festa mas ainda não está marcada. Será anunciada no blog e no facebook logo que esteja tudo afinado. No Porto haverá um Exchange no final de Agosto/início de Setembro - um exchange é um festival só com festas, sem aulas, onde o convívio ganha mais destaque.
JB: Quem tiver interesse e quiser dar um pezinho de dança convosco, como pode fazê-lo?

PR LH: Apareça numa das práticas e peça que lhe ensinem uns passos simples. Há sempre alguém mais avançado que pode ajudar nos primeiros passos.  Idealmente traga um par, para poder ir praticando quando o(a) "professor"(a) for também ele(a) praticar... :)
Se tiver, depois, interesse em aprender a sério, esteja atento ao blog. Durante este mês ou talvez no início de Setembro serão anunciados os horários para o novo ano.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Bold#3 O melhor (pior) amigo do Homem




O Bold de hoje tinha que ser dedicado às tecnologias, mais precisamente a esta coisa que nos segue e persegue, que nos distrai  e consome: o telemóvel.
É incrível a dependência que o homem moderno tem face a este aparelho: estamos em casa e estamos com ele, saímos de casa e lá vem ele. Acompanha-nos em rotinas e se por alguma razão nos falta há dor de cabeça para o dia inteiro.
Dão-nos imenso jeito, é verdade. Mas porque será que há uma década atrás fazíamos tudo como manda a regra sem ter que dar justificações ao amigo iphone e afins? 
Que saudades do tempo em que os únicos telemóveis que havia se apelidavam de "tijolos" e as mensagens eram enviadas quando o rei fazia anos!
Gosto muito de poder estar sempre contactável, de chatear toda a gente com mensagens e organizar jantares e cafés com os de sempre mas... "E se desligássemos o telemóvel?" O meu pai, pelo menos, agradecia.

sábado, 4 de agosto de 2012

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ser saudável com sobremesa

Troquei de vida. Não, não fui para fora e arranjei casamento. Comecei a tratar do colesterol e de mim, claro.
Funciono por "cliques" (ou "patchás", para outras "áreas" que não são agora para aqui chamadas): um dia acordo, sinto que tenho que fazer algo a mais, penso (pouco) e em meio minuto (minuto e meio para assuntos mais sérios) decido et voilá: faço!
O último clique foi um clique saudável, costumo ter cliques comerciais (os que me fazem ir às compras porque sim), cliques devoradores (os que me fazem comer alheiras ou ir à máquina dos chocolates comprar snickers), cliques criativos (espero estar a ter um desses agora) e outros tantos cliques que, até ver, não consigo controlar e/ou resistir. Mas, não me querendo perder em cliques, o último foi, tcharann: ir para o ginásio!
Sim, a última vez durou um mês, eu sei. Talvez por isso não tenha escrito nada ainda sobre o assunto, quis deixar passar o tempo de segurança, "um mês", não fosse a pancada passar-me rápido e o post ficar desactualizado num ápice. Mas a coisa até tem estado a correr bem... Depois do trabalho, 3 vezes por semana, rumo ao templo "missão cumprida". Lá se faz o habitual, máquinas, cardio, umas aulas de vez em quando (muito de vez em quando já que me sinto a pessoa mais desorientada do mundo de cada vez que entro numa aula de grupo: "Direita", diz ela, e é certinho como amanhã ser sexta que hei-de ir para a esquerda) e, no fim, a "sobremesa": SPA com tudo a que tenho direito (ou quase tudo já que as massagens não fazem parte do pacote): jacuzzi, banho turco, sauna, pedras quentes, camas de água... Enfim, uma canseira...!
E a verdade é que tenho andado entusiasmada, talvez porque sei que depois de me esforçar tenho a recompensa à espera. Se assim for, não é mau de todo... Consigo aguentar-me nesta vidinha por uns bons tempos. Mas o extraordinário é que tenho mesmo sentido necessidade de fazer exercício, de estar em forma e deitar fora o "lixo acumulado" (seja ele físico ou psicológico).

E já que é de exercício que hoje falo, não posso deixar de partilhar convosco um projecto que para mim faz todo o sentido e tem muito mérito. Chama-se "Milimétrico", foi criado por um amigo meu e define-se por ser "uma tentativa de ajudar as pessoas a manterem-se em forma, a fazerem desporto, a serem felizes" (aulas de Grupo, Aulas em Casa, Bootcamps, CrossFit, Taekwondo, Ginásio, Personal Training).

Poderia ser eu a explicar-vos mas, repete-se a chave publicitária, "não seria a mesma coisa".

Por isso, deixo-vos um vídeo que dá a conhecer o conceito e desperta o "clique" do desporto a qualquer um. Há mais informações em: http://www.milimetrico.tumblr.comhttps://www.facebook.com/pages/Milim%C3%A9trico/233787870058113 e ftbastos89@gmail.com



Sintam-se à vontade para falar com o Francisco (o mentor do projecto) sobre qualquer dúvida.


Bons cliques!




Milimétrico Training session by Libertát from Diogo Soutelo on Vimeo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Isto de andar sozinha



Passo grande parte do tempo sozinha. Ora a caminho do trabalho, em transportes públicos daqui para ali, ora em passeios pela capital e às vezes nas refeições. A companhia falta porque uns não podem, outros porque não estão para aí virados…
O que para muitos soa a estranho - "O quê? Almoçar sozinho, nem pensar! Tenho que ter alguém à frente a ver-me comer, pode não falar mas tem que mastigar à minha frente" - para mim soa a "humm, maravilha!". Não, não sou anti-social, muito pelo contrário. Tenho amigos e conhecidos suficientes para almoçar durante uns bons meses sem almoçar comigo mesma ou para me acompanharem nas idas repentinas até ao centro comercial. Mas a verdade é que andamos sempre em rotinas ligeiras, com ritmos diferentes e com vontades ao sabor do vento - ontem apeteceu hoje já não apetece.
E nos meus momentos “a sós comigo mesma” (e sim, já escrevi sobre isto) adoro observar quem chega e quem passa, quem se senta ao meu lado no comboio e traz consigo bilhetes à antiga (“Sinto o que há muito não sentia. Não deixes que o sentimento mude. Gosto de ti. Daqui até Cacilhas. – sim, a moça lia à socapa o bilhetinho do novo amor enquanto eu deitava o olho e morria de inveja), gosto de dar o lugar à Maria que vem com o avô de braço dado fazendo birra e no fim da viagem me acena com um sorriso, gosto de ouvir o senhor com os seus 70 e muitos anos refilar do que esta mal no país, da responsabilidade dos jovens em segurar as rédeas. Gosto de sair de casa e sentir-me acompanhada por toda a gente que me rodeia. Gosto de pôr a leitura em dia e organizar a agenda. Gosto de ir para onde quero, quando quero (e não, isto não é publicidade gratuita à outra miúda, a “Miúda”). Gosto.
Se me enfiasse num carro, no trânsito caótico da capital, se fosse a conversar com este e aquele, certamente não iria estar atenta aos pormenores à minha volta… Certamente que a Maria iria passar ao meu lado e eu não iria sequer reparar que estava com birra e se queria sentar. Certamente não notaria que ao meu lado viajava uma apaixonada ou uma mulher por quem alguém se apaixonou. Certamente não iria ouvir os desabafos do senhor de 70 anos.
E por estas razões (julguem as vossas e acrescentem à lista), desde sempre me habituei a não deixar de fazer nada por não ter companhia.
É este cruzar de vidas, de banalidades, de rotinas, que não me deixa sentir mal por estar sozinha.

Depois disto, não se sintam intimidados e convidem-me para almoçar ou passear quando quiserem. Organizo-me comigo noutra altura…