segunda-feira, 1 de julho de 2013

São os disparates.

O engraçado, entre todos os engraçados da vida, é entender que todos os disparates fazem sentido.
De vez em quando, deparamo-nos com um desses disparates e desculpamo-nos, como sempre, com a mesma do costume "cada vez que me lembro... onde estava eu com a cabeça?". O bom português, ou até o disfarçado, não consegue fugir-lhe. É mais forte que ele. Não me refiro às lamúrias castiças, nem tão pouco ao "lá se vai andando", essas têm lugar vip e no que é sagrado, não se toca. É um legado nosso, e o que é bom é português!
Refiro-me ao não valorizar, ao desprezar o disparate saudável que é sentir aos pedaços, cada pedaço. Que mania é esta de quase nos sentirmos culpados por estar bem, simplesmente bem com tão simples momentos e circunstâncias? E que mania é essa de os ignorarmos, de fugirmos desses mesmos pedaços a sete pés? 
São os disparates que condimentam o percurso. Acreditem. Os disparates que nos desenham sorrisos, são disparates com sentido, que não devem ter mudanças de direcção ou inversões de marcha. Queixarmo-nos, sim, essa passa. Mas não fazer disparates ? Ora bolas. Nem pensar! 

Tento conjugar e aplicar o verbo várias vezes. Se assim não fosse, não teria moral suficiente para vos incentivar a disparatar. Desta forma, sinto-me à vontade para vos dizer que ando a disparatar imenso e que tenho companheiros à altura! Entender que os disparates fazem sentido... É sentir aos pedaços, cada pedaço. E nos 'entretantos', lá se vai andando. E que bem que se anda!







4 comentários:

  1. já fazia falta um bocadinho de raquel na blogosfera.

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    1. :) Feliz por saber que faço falta! Vou ler-te, também. Onde andam textos novos teus?

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  2. Adoro! Fico muito contente por estar à altura dos teus disparates :) E muito orgulhosa da tua escrita!

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  3. Só hoje li este texto, que uma vez mais me encanta :o) e se a prosa é certeira, as imagens são reais e de uma cumplicidade genuína :o). Crescer é bom, mas é ainda melhor quando crescemos brincando, como se para sempre pudessemos ser crianças... :o)
    Ana

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