Confesso que não sou fã da Senhora Doutora Isabel Stilwell desde o episódio infeliz da crónica "Parva da Geração Parva". Mas, como não sou "parva" e sou desta geração, sei apreciar um bom texto quando nele há bom assunto. E este é o caso.
Somos um País de Doutores. Doutores disto e daquilo e é o que se vê.
Que andemos infelizes com a crise, os problemas lá de casa ou o que quer que seja mas se, por algum motivo, do outro lado do telefone ou no destinatário da carta seguir a conjugação "Dr.", a auto-estima cresce uns pontos e a malta até sorri de esguelha. E se for presencialmente o assunto muda de figura, enchem-se os pulmões de ar e arrebita-se o peito.
Vivemos de mais de aparências, ou lá se vivemos... E enquanto uns e outros "se apelidam", o rumo é este.
E depois o que oferecem a humanidade: nada mais que o "prazer" de lhes chamar doutor, porque o resto - e com esse espirito - nunca serão capazes. O título prende-lhes o estudo, a pesquisa e a descoberta.
ResponderEliminarExactamente. Não basta parecer, há que ser. E o ser aqui prende-se com trabalho feito, acrescento à humanidade.
EliminarDas coisas que me incomodam mas não deviam, é ouvir chamar Doutor a alguém só porque tem uma licenciatura...
ResponderEliminar;) e o saber que à gente que vive disto, de "apelidos".
EliminarIsto está no top das coisas que me irritam, significativamente.
ResponderEliminarNa minha lista assume lugar de destaque ambém, Cátia.
EliminarEntristece-me que consigamos ser tão pequeninos, por vezes. Subscrevo o que escreveste, Raquel. *
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